quinta-feira, 24 de maio de 2012

Desonerações e maior crédito incentivam o consumidor, dizem CNDL e SPC

O presidente da CNDL avalia que as medidas, que deverão vigorar até inicialmente o fim de agosto deste ano, devem produzir impacto bastante positivo no varejo já a partir de junho, culminando em vendas maiores no do Dia dos Namorados, já na primeira quinzena do mês
O anúncio do pacote de desonerações feito na última segunda-feira (21), pelo ministro da Fazenda Guido Mantega, com o intuito de estimular o consumo interno e os pedidos de crédito foi considerado uma medida positiva, pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
Conforme avalia o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, as medidas, que deverão vigorar até inicialmente o fim de agosto deste ano, devem produzir impacto bastante positivo no varejo já a partir de junho, culminando em vendas maiores no do Dia dos Namorados, já na primeira quinzena do mês.
"A expectativa é que a data mostre um dinamismo melhor do varejo, compensando em parte uma pequena frustração que tivemos com as vendas do Dia das Mães, que, apesar de ser a segunda melhor data do varejo para o ano, vieram na ordem de 4% maiores, a despeito de uma previsão inicial de um crescimento de pelo menos 5% feita pela CNDL e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito)", disse o dirigente lojista.
O presidente do SPC Brasil, Roberto Alfeu, que acompanhou de perto o resultado menor de vendas em maio, também destacou especial atenção à parte do pacote que trata da redução de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para todo tipo de financiamento ao consumo, que deverá incentivar um maior volume de transações e ampliar a capacidade do empresário em conceder crédito para operações no varejo. "Essa redução de 2,5% para 1,5%, ainda que tímida, já deverá ser sentida muito em breve no comércio, porque ela ocorre simultaneamente com a redução de juros dos bancos públicos e privados, o que é um grande incentivo ao consumo interno", destacou.
Os dirigentes lojistas ressaltaram ainda que as medidas anunciadas efetivamente para as montadoras, com redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para até 0% no caso de veículos produzidos no país de até 1 mil cilindradas, terão efeito benigno também para o comércio como um todo, porque garantirão um melhor ambiente econômico interno, a exemplo do que ocorreu em 2010, quando, após uma série de medidas similares adotadas em 2009, o País alcançou sua maior taxa de crescimento pós-democracia, na ordem de 7,5%.
"Torcemos para que essas medidas sejam estendidas pelo menos até dezembro, e que os agentes beneficiados por elas, como montadoras e bancos, reduzam efetivamente o custo dos seus produtos para o consumidor. É um estímulo ao crescimento e uma resposta eficaz no combate à crise financeira externa", disse o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.
"Há uma grande expectativa de fazer de 2012 um novo 2010, com crescimento e distribuição de renda, mas com uma grande diferença: inflação sob controle. As medidas anunciadas pela equipe econômica vão justamente nesse sentido, porque além de incentivarem o consumo, privilegiam também uma redução de preços ao consumidor, gerando uma herança benigna muito bem vinda para a inflação", destacou o presidente do SPC Brasil, Roberto Alfeu.
Os dirigentes lojistas também se disseram muito otimistas com o impacto do pacote na massa salarial e na geração de empregos no mercado de trabalho, que serão os principais pilares econômicos de sustentação do crescimento interno, a exemplo do que ocorreu entre 2003 e 2007. "Essa é uma resposta adequada às pressões externas que o Brasil está sofrendo, com esse impasse na Grécia e a indefinição de um crescimento mais vigoroso nos países compradores e parceiros do Brasil no mercado externo", disse Alfeu.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Brasil: cai a quantidade de empresários que planejam elevar os preços em 2012


O número de empresários brasileiros interessados em elevar os preços de seus produtos nos próximos 12 meses caiu neste trimestre. A informação é da Grant Thornton International e faz parte da pesquisa IBR (International Business Report) 2012.
De acordo com o estudo divulgado nesta terça-feira (22), somente 28% dos empresários têm essa pretensão. No último trimestre, o percentual era de 44%.
A pesquisa revelou ainda outros dados relevantes. No Brasil, por exemplo, 72% dos empresários esperam aumentar sua receita nos próximos 12 meses, enquanto 56% acreditam na melhora da lucratividade e 58% apostam em mais investimento em novas instalações.
"Os países que mais pretendem elevar os preços são os do BRIC e os Nórdicos, ambos com 37%. A América Latina dá sequência a seleção, com 34%", informou o estudo.

No mundo

E apesar da queda dos interesses nacionais, o Brasil ainda assim apresenta um percentual acima da média global, atualmente avaliada em 22%.
“Com a crise em Europa ainda sem saída próxima e o impacto nos mercados internacionais, a manutenção dos níveis de consumo tiveram um impacto no humor dos empresários que preferem ter uma atitude mais conservadora nos seus planejamentos de negócios sem praticar aumentos nesse momento”, explicou o responsável pelo IBR na América Latina, diz Javier Martinez.
Segundo ele, a Argentina (76%), Bósnia (68%), Peru (60%), África do Sul (58%), Rússia (53%) e Índia (51%) estão entre os países que mais esperam um aumento de preços. "Na contramão, está o Japão (-39%), Suíça (-18%), Grécia (-16%) e Singapura (-14%)", informou Martinez.
                     A pesquisa contou com a participação de 11.500 empresas privadas em 40 economias.

Trabalhador custa mais do que o dobro para a empresa, revela pesquisa


Um levantamento realizado pelo Centro de Microeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EESP), em parceria com a CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgado, nesta quarta-feira (23), revelou que um empregado pode custar 2,83% o seu salário para a empresa, em caso de um vínculo de trabalho por um ano.
Para chegar neste valor foram considerados os encargos, as obrigações acessórias, os benefícios negociados, a burocracia e a gestão de trabalho.
Como exemplo, o estudo analisou um empregado que recebe de salário de R$ 730, ao considerar 13º salário, férias, vale-transporte, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), licença-maternidade e até mesmo o custo com treinamento, para a empresa, este valor aumenta 183%, chegando a R$ 2.067,44.

Cinco anos

O custo do trabalhador reduz após cinco anos de vínculo empregatício. Desta maneira, este mesmo trabalhador, após 60 meses, tem um custo de R$ 1.858,89 para a empresa, ou seja quase 155 vezes mais que o seu salário.
A redução pode ser explicada porque alguns fatos como aviso prévio indenizado, multa do FGTS e investimentos em treinamento e formação específica são diluídos ao longo do tempo.

País registra saída de US$ 1,5 bilhão na parcial de maio, aponta BC


Somente na semana passada, US$ 872 milhões deixaram o Brasil.
Movimento de saída mais do que dobrou frente ao começo deste mês.
A saída de dólares na economia brasileira superou a entrada de recursos em US$ 872 milhões na última semana, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (23) pelo Banco Central. O movimento de retirada de recursos do Brasil, contabilizado entre os dias 14 e 18 de maio (cinco dias úteis), mais do que dobrou frente ao começo deste mês.

Se confirmada para todo o mês, será a primeira retirada líquida de recursos de 2012
Na parcial de maio, até o dia 11, US$ 639 milhões tinham deixado a economia brasileira, o que representa uma média diária de US$ 79,8 milhões.
Já na última semana, quando US$ 872 milhões saíram do Brasil, a média, por dia útil, somou US$ 174,4 milhões - um crescimento de 118% frente ao começo de maio. 
Já na parcial deste mês, até o dia 18, a saída de divisas da economia brasileira totalizou US$ 1,51 bilhão, segundo números do BC. Se confirmada para todo este mês, será a primeira retirada líquida de recursos da economia brasileira de 2012 – que acontece em meio ao aumento das tensões externas por conta de problemas para formar o novo governo da Grécia. A última vez em que foi registrada saída de recursos da economia brasileira foi em dezembro do ano passado (-US$ 1,94 bilhão).

Impacto na cotação do dólar

A saída de recursos no país, que foi registrada na parcial de maio, favorece o aumento do dólar, segundo analistas. Isso porque, com menos dólares no mercado, seu preço tenderia a ficar mais alto. No fim de abril, o dólar estava cotado pouco acima de R$ 1,90. Na quarta-feira da última semana, o dólar já havia subido para um valor próximo de R$ 2 e, hoje, por volta das 12h40, a cotação oscilava ao redor de R$ 2,07.
As informações do BC mostram que a cotação da moeda norte-americana disparou, no acumulado deste mês, mesmo com a quase ausência de compras por parte da autoridade monetária. Em abril, a instituição comprou US$ 7,22 bilhões no mercado à vista de câmbio, o maior valor deste ano, estimulando a alta da cotação do dólar no mês passado. Neste mês, até o dia 18, as compras de divisas pelo BC somaram apenas US$ 63 milhões. 
Ao contrário dos meses passados, a autoridade monetária, nos últimos dias, tem atuado para impedir uma escalada maior na cotação do dólar, por meio da oferta de contratos de "swap cambial" - que equivalem à venda de divisas no mecado futuro, com subsequente impacto na cotação à vista do dólar.
Uma disparada do dólar, segundo analistas, além de encarecer viagens ao exterior, também pode pressionar a inflação. Por outro lado, dólar alto torna as exportações brasileiras mais baratas e encarece as compras feitas no exterior - melhorando as condições de competitividade da indústria nacional. Nesta terça-feira (22), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, avaliou que o dólar alto seria "necessária" para melhorar a competitividade da indústria, mas também admitiu que este movimento traz "efeitos colaterais".

Acumulado do ano

Apesar de ter sido registrada saída de recursos da economia brasileira na parcial deste mês, os números do acumulado deste ano ainda mostram entrada de divisas. Na parcial de 2012, até 18 de maio, houve o ingresso de US$ 23,8 bilhões, com recuo de 47,7% frente ao mesmo período do ano passado (+US$ 45,58 bilhões).

Medidas do governo

A saída de dólares na economia brasileira aconteceu, em maio, após o anúncio de medidas pelo governo federal para impedir o ingresso de dólares na economia - com o objetivo justamente de elevar a cotação do dólar, proporcionando melhores condições de competitividade para as empresas brasileiras.
Em março, o Ministério da Fazenda anunciou a ampliação do prazo de incidência do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% para empréstimos buscados no exterior por empresas de dois para três anos. Posteriormente, o prazo de incidência do IOF majorado subiu para 5 anos.
O Banco Central, por sua vez, definiu em março que os exportadores que desejarem receber antecipadamente por suas vendas externas, nos chamados pagamentos antecipados (PA), deverão enviar o produto ao exterior em até 360 dias – limitando, assim, estas operações. Até o momento, não havia prazo formal para o envio.
Outros fatores que, teoricamente, também contribuem para "aliviar" o ingresso de dólares no Brasil, e, consequentemente, a pressão pela queda da cotação da moeda norte-americana, são as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros. Recentemente, os juros básicos caíram, na sexta redução consecutiva, para 9% ao ano - o menor patamar em dois anos e perto da mínima histórica (8,75% ao ano).

Contas comercial e financeira

O fluxo cambial brasileiro possui duas contas: a comercial, na qual são fechados os contratos
de câmbio para operações de exportação e importação, e a conta financeira – que inclui as demais operações, como os investimentos estrangeiros diretos e os recursos para aplicações financeiras, além das remessas de lucros e dividendos e empréstimos tomados no exterior, entre outros.
Os números do BC mostram que o fluxo comercial continuou registrando entrada de divisas no começo de maio, quando, até o dia 18, US$ 3,68 bilhão entraram na economia brasileira. Ao mesmo tempo, porém, foi contabilizada a retirada de US$ 5,19 bilhões por meio da conta financeira na parcial de maio.
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terça-feira, 22 de maio de 2012

Pará é o maior gerador de empregos formais no setor mineral do Norte

O saldo positivo nos últimos 12 meses teve crescimento de 13, 92%.
No Pará, foram feitas 376 admissões contra 179 desligamentos.

Balanço do Dieese/PA, com base em informações oficial do Ministério do Trabalho, revelam que o Pará continua sendo o maior gerador de empregos formais no setor extrativo mineral em toda região norte. O saldo positivo nos últimos meses 12 meses já alcança cerca de 2.200 postos de trabalhos com crescimento de 13, 92%.
No Pará, foram feitas 376 admissões contra 179 desligamentos, gerando um saldo positivo de 197 postos de trabalhos. No mesmo período do ano passado (abril/2011), o setor também apresentou crescimento de empregos formais, só que um pouco maior que o verificado este ano. Foram feitas, na época, 349 admissões contra 133 desligamentos gerando um saldo positivo de 216 postos de trabalhos.
O estudo mostra ainda que no mês de abril/2012 no setor extrativo mineral, a grande maioria dos estados da Região Norte apresentaram saldos positivos de empregos formais no comparativo entre admitidos e desligados. A exceção foi o estado do Amapá, que apresentou perda de 76 postos de trabalhos.
No período analisado o estado com a maior geração de empregos formais foi o Pará, com saldo positivo de 197 postos de trabalhos, seguido do estado do Tocantins, com saldo positivo de 25 postos de trabalhos e do Estado de Rondônia com saldo positivo de 12 postos de trabalhos.
No mês de abril/2012 foram feitas, no setor extrativo mineral em toda a Região Norte, 607 admissões contra 434 desligamentos, gerando um saldo positivo de 173 postos de trabalhos com crescimento de 0,73% na geração de empregos formais.
De janeiro a abril deste ano, foram feitas em todo o Norte no setor extrativo mineral 2.579 admissões contra 1.539 desligamentos, gerando um saldo positivo de 1.040 postos de trabalhos com um crescimento de 4,52% no emprego formal.
Por:G1

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Número de Facebook impressionam, mais não confirmam uma bolha


De uma pequena rede social para integrar colegas de faculdade, o Facebook logo se espalhou pelo mundo e se tornou um instrumento grande o suficiente para auxiliar até na derrocada de regimes autoritários no norte da África e no Oriente Médio. E agora ele abre as suas portas para o mercado e dá início, nessa sexta-feira (18), à negociação de suas ações na Nasdaq. Entretanto, isso levanta, novamente, uma dúvida: vivemos uma nova bolha tecnológica?
Afinal, como uma empresa cujo CEO inicia uma carta aos possíveis investidores dizendo que o Facebook não foi originalmente criado para ser uma companhia pode atrair US$ 16 bilhões, sendo que a empresa é avaliada em mais de US$ 100 bilhões?
Mas profissionais do mercado são claros: não passamos por uma bolha tecnológica, muito menos se compararmos com a famosa bolha ponto com, do início dos anos 2000.
“É um momento propício para a empresa, ela está numa situação muito positiva, e pode melhorar ainda mais por meio dessa captação de recursos. Foi uma decisão que não pode ser entendida como uma oportunidade por conta de algum fenômeno, é uma condição estrutural da economia”, diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.

Paralelo 2000

A mudança estrutural faz referência ao avanço da tecnologia desde a virada do milênio. Afinal, não só a economia, mas o mundo também mudou. As informações circulam de modo mais rápido e mais claro, enquanto as regras se tornaram mais severas – o que não torna impossível o surgimento de uma bolha, mas certamente mais difícil, reflete Agostini.
O diretor da Austin Ratings também chama atenção para a diferença entre os momentos econômicos. “No final dos anos 90 havia um crescimento exacerbado e focado em poucos mercados, além da preocupação com o bug do milênio, onde as empresas precisavam alavancar recursos porque não sabiam o que ia acontecer. Atualmente, o crescimento é amparado por emergentes e a empresa cresce em um momento de retração mundial, então tende a ser mais sólido”, conclui.
Mas US$ 16 bilhões?
O temor de uma nova bolha não surge apenas pela quantidade de novas participantes no mercado, mas também pelos valores estratosféricos. “Acho que houve certa euforia”, crava Ricardo Almeida, professor de finanças do Insper.
Já na visão de Roberto Gonzalez, professor de governança corporativa na Trevisan Escola de Negócios, a empresa mostra um bom potencial de crescimento. “Mas será que vale bilhões?”, pondera, ao concordar que o valor parece exagerado.
“É muito difícil saber se é uma bolha ou não, porque o Facebook opera um negócio que é difícil de avaliar”, complementa Almeida. No entanto, o professor acredita que nessa leva de empresas que despontam como as novas promessas do setor, muitas terão que fechar as portas, como é normal nos novos negócios.
“A bolha ponto com de 2000 estourou e muitas não sobreviveram. Agora o que deve acontecer é uma frenética oferta de empresas, e a queda virá, mas para muito menos empresas.” Resta, agora, saber se o Facebook é uma dessas - apesar do economista-chefe da Austin Rating avaliar como difícil, já que com essa injeção de recursos a empresa poderia comprar qualquer uma que a ameaçasse.
Mas, se realmente acontecer esse estouro, os impactos devem se restringir à economia norte-americana, justamente por conta desse número menor de companhias, complementa Gonzalez, que acredita possuir o risco de vivermos a formação de uma bolha - ainda que em proporções muito menores que a do início do milênio.

Como se forma uma bolha

Nos últimos tempos, sempre que uma empresa abre capital ou realiza uma compra bilionária, surge à questão da bolha. Mas como identificá-la? A bolha é a formação de algo sem uma sustentação, geralmente influenciadas pela euforia, afirmam os analistas.
Portanto, Alex Agostini diz que para identificar uma bolha é preciso verificar se os fundamentos são condizentes com a situação. É preciso comparar os indicadores que determinam o setor e verificar se eles estão de acordo com a realidade. E, no caso, o avanço da tecnologia e o seu uso no dia a dia apóia o surgimento das empresas do setor.
Para exemplificar, Agostini explica o porquê acredita não haver uma bolha no setor imobiliário brasileiro. Por aqui, tal setor se valoriza tanto porque há mais demanda influenciada pelo aumento na renda e no emprego, somados ao déficit habitacional, o que forçou a um reajuste nos preços dos imóveis, que ficaram muitos anos desabafados.


Por: FCDL

Pesquisa: 47% dos estagiários esperam alcançar êxito na carreira até 30 anos


O jovem brasileiro tem algo em comum: vontade imediata de crescer profissionalmente. A prova isso pode ser percebida por um levantamento realizado pelo Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios). Segundo a pesquisa, 47,17% dos estagiários esperam atingir o êxito profissional entre 25 e 30 anos.
Outros 29,14% aguardariam entre 30 a 40 anos para alcançar o sucesso, enquanto 16,60% gostariam antes de completar 25 anos. Apenas 7%, gostariam de esperar acima dos 40 anos.
“Pressa e busca por resultados instantâneos fazem parte da rotina do jovem. Ela é predominantemente identificada por gestores, seja em processos seletivos, como na construção do dia-a-dia corporativo”, explica a analista de Treinamento do Nube, Rafaela Vieira.

A pressa pode atrapalhar

A especialista alerta que vontade de crescer rapidamente pode prejudicar, e muito, o crescimento do profissional. “Muitas vezes, o estagiário deixa de aprender mais, por tentar a sorte em novos ares, antes de dar tempo para seu crescimento”
Ela destaca que para evitar escolhas erradas na trajetória rumo às conquistas profissionais, é importante se atentar a algumas dicas. A primeira é entender o clima organizacional da empresa. “Se você aceitou um desafio, é por ter acreditado no projeto. Logo, poderá contribuir absorver e desenvolver muito o seu talento” acrescenta.
A segunda é adaptar-se às diferentes funções nas quais seja solicitada a presença do estagiário. “Se querem contar com você, é porque demonstrou ser importante. Mente aberta e disposição de agregar valor encurtará o seu caminho ao tão sonhado “topo” profissional”.

Por: FCDL

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Criação de emprego formal soma 702 mil até abril, com queda de 20%




 Este foi o pior resultado para o período desde 2009, segundo governo.
Em abril, geração de vagas somou 216 mil, o maior valor deste ano.
A criação de empregos formais no Brasil caiu nos primeiros quatro meses de 2012, na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta quinta-feira (17). De acordo com o Ministério do Trabalho, foram criadas 702.059 formais de janeiro a abril – uma queda de 20,2% frente ao mesmo período do ano passado (+880.717 vagas formais).
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem informava que a queda na criação de vagas formais de janeiro a abril, na comparação com o mesmo período do ano anterior, foi de 25%. Na verdade, a queda foi de 20%. A reportagem foi corrigida às 15h25)

 De acordo com os números do governo, este é o pior desempenho para os quatro primeiros meses de um ano desde 2009, quando foram abertas 48.454 empregos com carteira assinada. Naquele momento, o país sentia os efeitos da primeira etapa da crise financeira, inaugurada em setembro de 2008 com a concordata do banco norte-americano Lehman Brothers. A série histórica do Caged tem início em 1992. O recorde histórico para o emprego formal nos quatro primeiros meses de um ano foi registrado em 2010 – quando foram abertas 962.327 vagas.
O recuo na criação de empregos formais no primeiro quadrimestre deste ano acontece, novamente, em um momento de desaceleração da economia mundial, com reflexos na economia doméstica. Para tentar acelerar a economia, o governo já anunciou um pacote de medidas para estimular a competitividade das empresas, além de ter baixado os juros básicos, definidos pelo Banco Central, e estar atuando para que a taxa de câmbio fique mais alta. Atualmente, o dólar oscila ao redor de R$ 2 – melhorando as condições de competição do setor produtivo nacional.

Mês de abril

Somente em abril, os números do Ministério do Trabalho mostram que foram criados 216.974 postos formais de trabalho.
"Este aumento mantém a trajetória de expansão, constituindo-se no maior saldo mensal do emprego no ano de 2012. O desempenho positivo em abril decorreu de 1.798.101 admissões e 1.581.127 desligamentos, ambos os maiores para o período", informou o Ministério do Trabalho.
O número, no entanto, representa uma queda de 20,29% frente a abril de 2011 (+272.225 vagas formais)

Setores da economia

De acordo com o governo federal, o comportamento favorável do emprego em abril foi registrado em todos os oito setores da economia, que registraram mais contratações do que demissões no mês passado. O setor que mais contratou em abril, segundo o governo, foi serviços (+82.875 postos); seguido pela construção civil, com a abertura de 40.606 empregos com carteira assinada; pelo comércio (+33.704 vagas); pela indústria de transformação (+30.318); e pela agricultura (+21.916 vagas formais). 

Regiões do país

Segundo os dados oficiais, quase todas as grandes regiões tiveram expansão no nível de emprego em abril. Foram criadas 142 mil vagas na região Sudeste, 43 mil postos com carteira assinada na região Sul, 32,1 mil empregos formais na região Centro-Oeste e 4,09 mil vagas na região Norte. 
"Por outro lado, a região Nordeste, influenciada pela presença de fatores sazonais relacionados às atividades sucroalcooleiras, registrou redução de 4.924 postos de trabalho", acrescentou o Ministério do Trabalho.
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segunda-feira, 14 de maio de 2012

De olho na Grécia, principais bolsas europeias operam em queda




No domingo, fracassou a tentativa de formar um novo governo grego.
Partidos retomam negociação nesta segunda-feira (14).
As principais bolsas europeias abriram em forte baixa nesta segunda-feira (14) temerosas com as notícias da Grécia. No domingo, fracassou a tentativa de formar um novo governo grego e, segundo o economista-chefe da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Pier Carlo Padoan, cresceu o risco de a Grécia abandonar o euro.
Perto das 7h30, o índice DAX 30 da Bolsa de Valores de Frankfurt operava em baixa de 2,19%. Em Londres, o índice da Bolsa de Valores, o FTSE-100, caía 1,80%.

O principal indicador da Bolsa de Valores de Madri, o Ibex-35, estava em forte queda de 2,94%. O índice geral da Bolsa de Valores de Paris, o CAC-40, operava em baixa de 2,48%.
Em Milão, o  índice seletivo FTSE MIB da Bolsa de Valores caía 2,98%. Já o índice geral FTSE Italia All-Share caía 2,94%.
Ásia
A bolsa de Tóquio fechou a sessão desta segunda-feira (14) com uma alta de 0,23%, em um contexto de prudência dos investidores sobre a situação política na Grécia endividada. No fechamento, o índice Nikkei 225 dos valores de referência progrediu 20,53 pontos, a 8.973,84 pontos.
Negociação
O presidente da Grécia, Karolos Papoulias, afirmou que vai retomar nesta segunda-feira (14) as negociações para tentar formar um governo de coalizão e encerrar a crise política no país. A Grécia passou por eleições no domingo passado, mas nenhum dos partidos conseguiu maioria no Parlamento para formar um governo.
(*com informações da Reuters, Efe e AFP)


sexta-feira, 11 de maio de 2012

Inadimplência do consumidor volta a crescer em abril, diz SPC Brasil


A inadimplência do consumidor registrou alta de 4,45% em abril de 2012, na comparação com o quarto mês de 2011, segundo dados do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). Essa é a 14º elevação em 15 meses do indicador de dívidas, tendo como base a comparação intra-anual, algo que só não aconteceu em março deste ano, quando o índice registrou a primeira queda após treze meses consecutivos de expansão. 
Conforme avaliação da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), a alta da inadimplência registrada em abril é consequência do cenário macroeconômico mais favorável ao consumo em 2012, com reduções de tributos para itens industrializados e a recuperação mais forte do crescimento interno, que se ampara em políticas expansionistas como a redução dos juros básicos.
Vale apontar também que o resultado negativo da inadimplência em março, que interrompeu longo ciclo de altas, foi artificialmente alterado por conta do efeito calendário, uma vez que em março de 2012 houve mais dias úteis que março de 2011, uma vez que se comemorou o Carnaval ano passado no terceiro mês do ano, e não em fevereiro, como de costume.
A avaliação sem ajuste sazonal, que exclui esse fator extraordinário do calendário, mostra, por exemplo, um cenário mais confortável para o endividamento do consumidor, algo que a CNDL já projetava para este início de ano. Entre abril e março de 2012, segundo dados do SPC Brasil, a inadimplência registrou recuo de 4,79%.
No acumulado do ano, ainda devido à forte queda observada na comparação entre março de 2012 contra março de 2011, a inadimplência acumula queda de 1,50%.

Vendas
Em relação às consultas no SPC Brasil, que refletem em certa medida o nível de atividade no varejo, abril apresentou alta de 3,02% ante o quarto mês de 2011, a décima terceira elevação seguida na mesma base de comparação.
A comparação entre fevereiro e janeiro, com queda de 7,74% nas vendas a prazo, é enxergada com naturalidade pelos dirigentes lojistas, uma vez que ainda se observava em março os efeitos extraordinários já descritos de calendários diferentes para a comemoração do Carnaval no Brasil.
Em contrapartida, abril também teve maior número de feriados, o que reduz consideravelmente o volume de vendas nas lojas e shopping centers, conforme observa a CNDL. O número anual das vendas no varejo ficou positivo em abril, com crescimento acumulado de 4,28%. Considera-se venda a prazo compras feitas com cheque ou no crediário.

Recuperação de crédito
Os números de cancelamento de registros, que dão medida ao nível de recuperação de crédito no varejo, foram positivos em abril, apresentando alta de 6,04% ante o mesmo mês de 2011. Já a comparação com o mês de março, sem ajuste sazonal, revelou queda do indicador, de 1,26% nos cancelamentos de registros junto ao SPC Brasil.
“O número positivo e alto de recuperação de crédito foi uma boa notícia, e praticamente compensa a alta da inadimplência em abril, porque, se observarmos percentualmente o estoque de devedores, mais gente saiu do que entrou no cadastro de maus pagadores em abril”, diz o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.
No acumulado do ano, a recuperação de crédito registra alta de 2,15%.

Forbes lista Dilma como uma das 20 mães mais poderosas do mundo


Hillary Clinton, secretária de estado dos EUA, aparece no topo do ranking.
Lista leva em consideração influência e poder de decisões financeiras.
A revista econômica Forbes listou a presidente Dilma Roussef como uma das 20 mães mais poderosas do mundo. O ranking baseou-se na lista anual da publicação das 100 mulheres mais poderosas do mundo e foi publicado na quinta-feira (10).
A lista é encabeçada pela secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, e leva em consideração a influência e o poder das decisões financeiras dessas mulheres ao redor do globo.
Além de Dilma e Hillary, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, a primeira-dama norte-americana Michelle Obama e a cantora Beyonce Knowles também aparecem na lista.
Veja a lista completa das 20 mães mais poderosas do mundo segundo a revista Forbes:
Colocação
Nome
O que faz
Hillary Clinton
Secretária de Estado dos Estados Unidos
Dilma Roussef
Presidente do Brasil
Indra Nooyi
Presidente e diretora executiva da PepsiCo
Sheryl Sandberg
Vice-presidente operacional do Facebook
Melinda Gates
Cofundadora da fundação Bill & Melinda Gates
Sonia Gandhi
Presidente do Partido do Congresso na Índia
Michelle Obama
Primeira-dama dos Estados Unidos
Christine Lagarde
Diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI)
Irene Rosenfeld
Presidente da Kraft Foods
10º
Jill Abramson
Editora executiva do New York Times
11º
Kathleen Sebelius
Secretária de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos
12º
Susan Wojcicki
Vice-presidente de Publicidade do Google
13º
Cristina Kirchner
Presidente da Argentina
14º
Beyonce Knowles
Cantora e atriz
15º
Georgina Rinehart
Bilionária e magnata da mineração
16º
Cher Wang
Cofundadora e presidente do conselho da HTC
17º
Margaret Hamburg
Comissária da agência reguladora de alimentos e medicamentos nos EUA (FDA)
18º
Mary Schapiro
Diretora da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos
19º
Anne Sweeney
Copresidente da Disney Media Network e presidente do Grupo de TV Disney/ABC
20º
Aung San Suu Kyi
Líder pró-democracia de Mianmar
 Fonte: G1